Plantas herbáceas, prostradas a volúveis, ramos jovens glabrescentes.
Folhas pinadas, 3-folioladas; pecíolo 1,6-2,6cm, cilíndrico, raque 0,7-1,5cm; folíolo terminal oval, lanceolado, oblongo a raramente, linear, 3-6,5×(0,7-)1,5-5cm, ápice agudo a obtuso, base truncada a arredondada, folíolos laterais 2,5-6,2×(0,6-)1,5-4,5cm, papiráceos, glabrescentes, reticulados.
Inflorescência axilar, 1-2-flora, pedúnculo 2-7cm. Flores com bractéolas ovais, ca. 6-9×3-5mm; cálice com tubo ca. 3mm, 5-laciniado, lacínias livres, quase iguais no comprimento, lineares, ca. 5mm, as vexilares livres ou soldadas apenas na base; pétalas lilás a roxas, estandarte ca. 2,5-3×2,5-5cm.
Fruto 9,5-13×0,4-0,5cm, lineares, valvas coriáceas, glabras a pubérulas, marrons a nigrescentes; sementes oblongas, retangulares, 13-15, ca. 4-5×3×2mm, hilo oblongo, lateral.
Espécie invasora de distribuição ampla no Novo Mundo, ocorrendo naturalmente do leste dos Estados Unidos ao sul do Brasil, Argentina e Paraguai. B6, D7, E8, F6, F7, G6: restinga, mata de planície. Floração ao longo do ano e frutificação principalmente de fevereiro a maio.
Esta espécie apresenta grande variação morfológica, especialmente em caracteres vegetativos, podendo ser mais facilmente identificada pelo cálice 5-laciniado, as lacínias lineares e subiguais em tamanho. O espécime Godoi & Pereira 186 apresenta folíolos lineares, mais comumente encontrados em Centrosema pascuorum Mart. ex Benth., mas com flores de ca. 3cm, características de C. virginianum.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.