Trepadeiras, ramos pubérulos a velutinos.
Folhas pinadas, 3-folioladas, pecíolo 3,2-4,6cm, cilíndrico, raque 1,2-2cm; folíolo terminal oval-lanceolado, 6,1-10×2,7-4,4cm, base arredondada a subcordada, ápice acuminado, folíolos laterais 5,7-9×2,5-4,5cm, papiráceos, face adaxial glabrescente, rugosa, abaxial pubérulos a velutinos, reticulada.
Inflorescência axilar, multiflora, pedúnculo 1-2,5cm, raque fractiflexa. Flores com bractéolas ovais a lanceoladas, 10-15×5-6mm, acuminadas, retas ou subfalcadas; cálice com tubo 3-5mm, pubérulo, lacínia vexilar ca. 2mm, emarginada, sinus triangular, laterais triangulares, agudas, carenal linear, ca. 9mm, subulada no ápice; estandarte 28-30×26-30mm.
Fruto 14,5×0,5cm, valvas coriáceas, glabras; sementes não vistas.
Centrosema brachypodum ocorre principalmente no Sul e Sudeste do Brasil (estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná), no Nordeste (Bahia e Piauí) e no Paraguai subtropical. D7, E7, E9: referida para cerrado, mas devendo ser também encontrada em matas estacionais. Coletada com flores de fevereiro a maio.
Centrosema brachypodum foi considerada por Barbosa-Fevereiro (1977) como sinônimo de C. arenarium Benth. Williams & Clements (1990), no entanto, consideram-na uma espécie boa, diferenciada desta pelos folíolos papiráceos (x cartáceos), ovais a lanceolados (vs. oblongos a obovados) com ápice agudo a obtuso (x obtuso a emarginado). Embora a distribuição geográfica mostre algumas áreas de sobreposição no Nordeste e em Minas Gerais, C. arenarium ocorre preferencialmente nos estados nordestinos, alcançando o estado de Minas Gerais, em áreas de caatinga e restingas; provavelmente não ocorre no estado de São Paulo.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.