Ervas escandentes; ramos esparsamente seríceotomentosos a glabrescentes, quadrangulares.
Folhas com estípulas sagitadas, ovais a largo-ovais, 0,4-1,9×0,15-0,9cm, ápice agudo, esporões diferentes, o menor estreito, o maior grande e largo; folíolos elípticos a oval-elípticos, 2,1-5,5×0,9-2,5cm, esparsamente seríceo-tomentosos, ápice agudo a retuso, mucronado ou não; gavinhas até 4 vezes maiores que os folíolos, simples e trífidas.
Racemo 14-17 flores, 8,5-12cm; brácteas ausentes. Flores amarelas, 1,3-1,8cm; cálice 0,5-0,6cm, campanulado, glabrescente; lacínias 5, semelhantes, menores que o tubo calicino, as duas vexilares convergentes, as 3 carenais mais estreitas e pouco maiores; estandarte 1,1-1,7×0,6-1,1cm, oboval; asas elíptico-assimétricas, 1,2-1,7cm; pétalas da quilha 1,0-1,6cm, falcadas; tubo estaminal com ápice levemente oblíquo; ovário glabro, estipitado; estilete estreitoespatulado; estigma simples.
Legume 5,6-8×0,6-0,85cm, linear-oblongo, glabro, castanho-escuro, ápice mais largo, estipitado, com septos entre as sementes; sementes 0,4-0,45cm, orbiculares a subcuboides, castanho-escuras.
Espécie com distribuição na Argentina e, no Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. E6: mata à beira de estrada. Floresce em outubro e novembro, apresentando frutos ainda muito imaturos no mês de novembro.
Lathyrus hasslerianus é a única espécie do gênero, no Brasil, que apresenta flores amarelas e, também, é a única a ocorrer nos cinco estados (Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) da abrangência fitogeográfica das espécies brasileiras. Características morfológicas marcantes são a presença de estipe no fruto e pedicelos longos, filiformes, com 4-6mm.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.