Subarbustos de 20-70cm de altura, ramos eretos, glabros a estrigosos.
Folhas 2-folioladas, dimorfas; estípulas 4-9×1-3mm, lanceoladas, pontuadas, aurículas de 2-6×1-2mm; folhas inferiores e superiores com pecíolo de 10-20mm, glabro a esparso-estrigoso, pontuados, papiráceos, ápice mucronado, base assimétrica peciólulos 1-2mm; folíolos inferiores 12-45×5-11mm, obovais, raramente ovais; folíolos superiores 13-46×2-10mm, lanceolados.
Inflorescência espiciforme, eixo 5-21cm, laxa com distância do entrenó de 9-14m, glabra a estrigosa. Flores com bractéolas 11-14×5-6mm, oval-lanceoladas, glabras a esparso-estrigosas, pontuadas, aurículas 5-7mm; cálice 4mm; estandarte 6-10×5-10mm, oval, unguícula 2-4mm; asas 5-9×3-5mm, falcadas, com esculturas lunadolameladas na metade superior nos terços proximal e mediano; pétalas da quilha 3-9×2-4mm, falcadas.
Lomento 4-9 artículos, artículos 1,5-2×1,5-2mm, totalmente expostos da bractéola; acúleos 1-2mm, seríceos; semente
testa lisa, micrópila entre o hilo e a saliência da radícula; hilo circular e carúncula ausente.
Zornia glabra é citada para Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Suriname e Peru (Mohlenbrock 1961). E7, F6, E8: exclusivamente no litoral, explorando as restingas. Sciamarelli & Tozzi (1996) citaram esta espécie com distribuição também nos cerrados de São Paulo, porém o estudo de revisão do gênero para o Brasil apontou Z. glabra apenas para o litoral (Fortuna-Perez 2009). Z. glabra parece ser mais abundante ao longo dos cursos d’água. Coletada com flores e frutos de janeiro a julho.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.