Fabaceae – Vatairea macrocarpa

Árvores 5-12m; tronco com casca grossa ou suberosa, levemente sulcada; ápice dos ramos canotomentoso ou glabrescente.

Folhas (3-)5-9-folioladas; pecíolo e raque esparso-tomentosos ou glabrescentes; folíolos oblongos, oval-oblongos ou suborbiculares, 6-15×3,5-9cm, base obtusa ou arredondada, ápice obtuso ou arredondado ou emarginado, bordos levemente revolutos, inteiros, subcoriáceos a coriáceos, face adaxial subnítida, glabrescente, face abaxial opaca, glabra a densopilosa, papilada.

Inflorescência com 17-34cm, indumento fusco-seríceo a glabrescente; brácteas primárias decíduas, não vistas, brácteas das flores decíduas, ovais, 2,5-3×1-1,3mm, ápice acuminado, base truncada. Flores com 18-22mm; pedicelo com 3-7mm; bractéolas 2-2,8×0,8-1mm, lanceoladas, decíduas; cálice cano-tomentoso ou glabrescente, 7,5-12,5mm; estandarte 15-17×12-14mm, asas 14-16×5-6mm; pétalas da quilha 15-17×5-6mm; estames monadelfos, 12-16mm, anteras 0,8-1×0,5-0,6mm; ovário cano-tomentoso.

Sâmara 8-10cm; sementes 28-30×18-24mm.

Espécie típica do planalto central, principalmente nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Piauí, ocorrendo ainda em áreas limítrofes ou disjuntas de formações de cerrado nos estados do Pará, Ceará e São Paulo. C2, C6, D7: cerrados, floresta de galeria e raro em florestas estacionais. Floresce de julho a setembro e frutifica entre setembro e novembro
(Lima, 1982).

Esta espécie apresenta uma grande variação na morfologia e na densidade do indumento das folhas. Com base nos estudos dessa variação, Lima (1982) sinonimizou as variedades propostas pelos vários autores.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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