Subarbustos até 90cm alt.; ramos eretos, entrenós curtos, 5–8cm, híspido-setosos, com tricomas amarelos.
Folhas com estípulas 8–15×5–8mm, híspidas, 4–7 pares de nervuras conspícuas, dentes 5–8mm, subulados a
triangulares, ápice acuminado; pecíolo 5–9mm, pubescente, canaliculado; peciólulos 0,5–2mm, pubescentes; folíolos 40–50×5–10mm, elípticos a oblongos, glabros a pubescentes especialmente sobre as nervuras, base aguda a
cuneada, ápice agudo e mucronado, 3–6 pares de nervuras conspícuas.
Inflorescência terminal ou axilar, hirsuta, até 3–7 espigas com 8–15 flores cada, globosas; brácteas da inflorescência (1)3-folioladas, bainha 4–7×3–5mm, folíolos semelhantes aos das folhas; bráctea da flor 1-foliolada, bainha 4–7×3–5mm, hirsuta, tricomas dourados na face interna, 5–7 pares de nervuras; dentes 2–5mm, triangulares; folíolo da bráctea oblongo, 4–9mm; bractéolas 2, 3–5mm, oblongas, hialinas, pilosas, nervuras conspícuas; eixo rudimentar ausente. Flores com cálice 4–8×0,3–0,5mm, estreito– campanulado, ciliado; lobos carenais agudos, o central maior que os outros, os vexilares muito unidos, emarginados; estandarte 3–5×2,5–3mm, orbicular, ápice retuso; asas 3–4,5 × 2–3mm, obovais; pétalas da quilha 2,5–3×1–1,5mm.
Lomento 2–articulado, artículo superior fértil, 2,5–3,5mm, subgloboide, reticulado, papilas conspícuas, rostro menor que 1mm, patente; sementes 2–2,5×1–1,5mm, obovais a subelipsoides, negras.
Espécie sulamericana, ocorrente na Argentina, Brasil, Bolívia, Guiana e Paraguai (Costa inéd.). No Brasil ocorre no Amapá, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo, onde cresce em caatinga, cerrado,
campo rupestre, campinarana, associada usualmente a ambientes abertos, sobre solos argilo-arenosos. C6, D5, D6, F4, E5: cerrado e em fisionomias campestres associadas a afloramentos rochosos. Floresce e frutifica principalmente entre janeiro e abril, mas indivíduos podem ser encontrados com flores e frutos menos frequentemente em junho e julho.
Stylosanthes grandifolia é semelhante morfologicamente a S. guianensis, diferenciando-se pelo caule ereto (vs. prostrado, decumbente, raro ereto), folíolos grandes, 4–5cm compr. (vs. até 4cm), com nervuras conspícuas, lomento subgloboide e papilado (vs. elipsoide, glabro e discretamente reticulado) e pelas sementes obovais a subelipsoides, negras (vs. castanhas).
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.