Fabaceae – Machaerium triste

Arbustos escandentes, ramos lenticelados, esparsamente tomentosos, às vezes com acúleos unciformes.

Folhas 9-folioladas; pecíolo 2,5-3cm, esparsotomentoso; raque 3,5-8,3cm, tomentosa a glabra; peciólulo 3-4,5mm, tomentoso; folíolos 3,1-5,2×1,4-2,7cm, elípticos cartáceos, alternos, base arredondada, ápice acuminado, face adaxial glabra, face abaxial vilosa sobre a nervura principal, venação broquidódroma.

Inflorescência em racemo simples, axilar, eixo rufo-tomentoso; brácteas decíduas. Flores curto-pediceladas; bractéolas lineares, externamente tomentosas; cálice 2,5mm, campanulado, rufo-tomentoso, lobos agudos, vexilares largos; corola branca; estandarte orbicular, externamente seríceo; asas oblongas, mais longas que as pétalas da quilha, seríceas no dorso; pétalas da quilha obovais, externamente seríceas; estames diadelfos; ovário esparso-viloso.

Fruto falciforme, 6,5-7,3cm, glabro, região seminífera 9-13mm larg., ala 14-19mm larg., brilhante, às vezes com pontuações.

Esta espécie apresenta distribuição disjunta, ocorrendo na hileia amazônica e sudeste brasileiro (Ducke 1949). Pouco frequente no estado de São Paulo, restrita à região metropolitana de São Paulo e litoral. E7, E8, F3, F6: mata mesófila semidecídua de altitude. Floresce em dezembro e apresenta frutos em junho e agosto.

Machaerium triste distingue-se de M. brasiliense pelo hábito escandente, flores curto-pediceladas, estandarte
externamente seríceo e asas mais longas que as pétalas da quilha.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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