Fabaceae – Machaerium nyctitans

Árvores 4-10m, caule sulcado, ramos lenticelados, ferrugíneo-tomentosos, às vezes aculeados.

Folhas (19-)23(-31)-folioladas; pecíolo, raque e peciólulo ferrugíneo-tomentosos; pecíolo 8-12mm, raque 10-13,5cm, peciólulo ca. 1mm; folíolos oblongos, 2-3,4×0,6-1cm, cartáceos, alternos, discolores, base arredondada, raro oblíqua e subcordada, ápice obtuso, retuso e curtomucronado, face adaxial pubérula, face abaxial serícea no limbo, nervura principal ferrugínea-tomentosa, venação broquidódroma.

Inflorescência em panícula terminal e axilar, estruturas ferrugíneo-tomentosas; brácteas triangulares, côncavas. Flores com bractéolas obovallanceoladas, comprimento no máximo 2 vezes a largura; cálice ca. 3,5mm, cilíndrico, lobos agudos, os vexilares mais amplos; corola vinácea, 6,25mm; estandarte amplamente oboval, externamente denso ferrugíneo-tomentoso ou velutino; asas e pétalas da quilha elípticas; estames monadelfos; ovário velutino.

Fruto falciforme, 5,5-7cm, ferrugíneo-tomentoso, região seminífera 9-11,5mm larg., ala 15-19,5mm larg., nervuras longitudinais.

Espécie amplamente distribuída no Brasil da Bahia ao Paraná. Predomina no leste do estado de São Paulo, sendo uma das espécies mais frequentes. C5, C6, C7, D3, D6, D7, D8, D9, E4, E5, E6, E7, E8, F5, F6: mata mesófila semidecídua e mata mesófila de altitude. Floração de fevereiro a maio, frutificação de março a dezembro.

Machaerium nyctitans apresenta grande variação infraespecífica e em sua delimitação têm sido reconhecidas variedades, que necessitam ser revistas (Sartori & Tozzi 1998) e que no presente tratamento não estão sendo
adotadas.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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