Arbustos escandentes ou semiprostrados, 1-3m; ramos novos sinuosos, fracamente pilosos, tornandose glabros; pecíolo, raque e inflorescência pilosos, raro ferrugíneo-tomentosos.
Folhas 1-folioladas; estípulas ca. 6mm, lanceoladas, tomentosas, decíduas; pecíolo até 9mm; folíolos (5-)9(-12,7)×(3-)5,5(-8)cm, ovais a elípticos, ápice agudo, raro apiculado, base arredondada a obtusa, face adaxial esparso-pilosa, face abaxial densamente pilosa, tricomas alvacentos.
Inflorescência paniculada ou racemosa, ca. 3cm, subfasciculada, axilar, pedúnculo ca. 3mm, piloso ou ferrugíneo-tomentoso; brácteas ca. 1mm, subuladas, tomentosas, decíduas. Flores 5,5-7mm; bractéolas ca. 1mm, subuladas, tomentosas, persistentes; cálice 3,5mm, piloso, lobos vexilares conatos por um terço do comprimento, o carenal mediano mais longo, ca. 1mm; corola branca ou cinza-alvacenta, fragrante, estandarte ca. 5,2mm, orbicular, unguícula 1,5mm, ápice levemente emarginado, base arredondada, asas tão longas quanto o estandarte, obovais, base auriculada acima da unguícula, pétalas da quilha ca. 3,5mm, obovais, conatas no ápice por 1mm; estames 9 ou 10, diadelfos, dois feixes de 5 ou, menos frequentemente, 5 + 4; ovário longo-estipitado, esparso-piloso em ambas superfícies, raramente glabro, óvulo 1.
Fruto (2,3-)3(-3,7)×(1,8-)2(-2,5)cm, orbicular ou suborbicular, curto-mucronado, curto-estipitado, estipe ca. 3mm, coriáceo, esparço-piloso, raramente glabro, venação levemente reticulada; semente 1.
A espécie ocorre ao longo da costa desde o sul da Flórida até o sul do BrasiL. E7, E8, F6, F7, G6: cresce associada com estuários de rios, margens e manguezais. Coletada com flores de junho a dezembro, e com frutos de dezembro a maio.
Algumas vezes Dalbergia ecastaphyllum é encontrada ao longo das praias, onde seu hábito prostrado e multirramoso ajuda na estabilização de areias e dunas. Menos comum é a presença da espécie em restinga seca, em solos arenosos, como arbusto vigoroso ou arvoreta. É adaptada a condições de salinidade e seus frutos são capazes de flutuar.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.