Fabaceae – Dalbergia brasiliensis

Árvores até 20m; ramos novos pilosos, antigos glabros; pecíolo, raques de folha e inflorescência vilosas.

Folhas (11,5-)13(-20)cm (incluindo pecíolo de ca. 2cm), (17-)19(-25)-folioladas; estípulas ca. 3,5mm, largosubuladas, limbo glabro, margens ciliadas, decíduas; folíolos (2,5-)4,5(-5)×(0,9-)1,4(-2)cm, linear-oblongos a oval-lanceolados, ápice obtuso, mucronado, base arredondada a obtusa, face adaxial glabra, glabrescente na nervura central, face abaxial pilosa, tricomas longos amarelo-ouro.

Inflorescência cimosa, até 15cm, topo ± plano, racemos secundifloros terminais; pedúnculo (2-)5(-9)cm, terminal ou axilar, tomentoso; brácteas ca. 1,5mm, subuladas, tomentosas, persistentes. Flores 4-5mm; bractéolas ca. 1mm, subuladas, tomentosas, inseridas na base do cálice, persistentes; cálice ca. 3mm, piloso, lobos vexilares obtusos, conatos pela metade do comprimento, lobos carenais deltoides, o mediano mais longo, ca. 1mm; corola creme, fragrante; estandarte 4mm, panduriforme, ápice levemente emarginado, base truncada, unguícula 1mm, asas 3,6mm, oblongas, ápice arredondado, base auriculada acima da unguícula, pétalas da quilha ca. 3,5mm, obovais, conatas por 1mm no ápice; estames 10, monadelfos; ovário longo-estipitado, essencialmente glabro, tricomas ao longo das margens e na base do estipe, óvulos 2.

Fruto (3,5-)4(-5,5)×(1-)1,3(-1,6)cm, oblongo-elíptico, ápice obtuso, curtamente mucronado, base atenuada, estipitado, membranáceo, glabro, venação reticulada, mais proeminente no núcleo seminífero; semente 1.

Espécie abundante nas florestas de altitude do sul do Brasil, estendendo da Mata Atlântica nas montanhas do Rio de Janeiro e São Paulo às florestas de Araucária do Paraná e Santa Catarina. Citada também para os estados de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul (Lima 2014). D6, D8, E6, E7, E8: mata mesófila semidecídua, floresta ombrófila. Coletada com flores de novembro a fevereiro, e com frutos de março a maio.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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