Fabaceae – Andira humilis

Subarbustos cespitosos com xilopódio, formando moitas até 10m diâm., parte área até 50cm, ocasionalmente arbustos.

Folhas 9-15-folioladas; raque 9-45cm; peciólulos 1-5mm, estipelas 1-4mm; folíolos 4-12,5×1,3-4cm, elípticos, estreito-elípticos, raramente estreitoobovais, oblanceolados, ovais a lanceolados, subcoriáceos a coriáceos, brilhantes, ápice obtuso a arredondado, ocasionalmente agudo, geralmente retuso, base obtusa a arredondada, ocasionalmente truncada ou mais ou menos cordada, glabros ou com tricomas diminutos, adpressos, pálidos, com base castanho-avermelhada, face adaxial verde-escura, venação mais pálida, face abaxial mais clara e fosca.

Inflorescência racemo axilar. Flores violeta a roxas, 14-16(-19)mm; cálice roxo escuro, 6-8mm, glabro exceto pelas bordas dos dentes, tricomas castanho-avermelhados a castanho-dourados, adpressos; ovário glabro.

Drupa 2,8-5,3×2-2,8cm, 2-2,8cm alt., elipsoide, castanho-escura, rugosa ao secar, aroma adocicado, estipe 5-10mm, verde, tornando-se amarelo quando maduro.

Ocorre no Paraguai e Brasil, no Distrito Federal e nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. C6, D3, D5, D6, D7, E5, E6: áreas de cerrado e outras formas de vegetação aberta. Coletada com flores em setembro e outubro e frutos em novembro.

Andira humilis é a única espécie com o hábito subarbustivo, geralmente cespitoso e com xilopódio. Entretanto, parece que, ocasionalmente, talvez pela prolongada falta de fogo nas florestas secas, a espécie toma a forma arbustiva. Na Bahia foram observados indivíduos de até 2m, que são claramente associados com manchas da forma mais usual subarbustiva de A. humilis.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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