Subarbustos até 1m; ramos prostrados ou decumbentes, densamente glandulosos e hispídulocapitados ou crispados.
Folhas 2-3cm, 8-22-folioladas; estípulas sem apêndice basal, 3-4mm, ovais, acuminadas, estriadas, glandular-hispidulas, ciliadas; pecíolo 4-10mm; folíolos 5-15×3-8mm, oboval-elípticos ou oblongos, ápice mucronulado, margem glandular-pubescente, base obtusa, faces pubescentes, nervura principal subcêntrica.
Inflorescência racemosa, axilar, 2-4 vezes maior que o tamanho da folha de inserção, eixo 2-9cm, glandulosohispidulo; brácteas 1-2×2mm, ovais, glandularpubescentes. Flores com bractéolas 2-3×1mm, ovais, hispidulosas nas margens; cálice 1,5-3mm, campanulado, lobos semelhantes; estandarte 5-6mm, suborbicular, ápice
obtuso, pubescente nas margens; asas 6×2mm, obovais; pétalas da quilha 7×1,5mm, falcadas, glabras; ovário séssil,
glabro.
Lomento 1-5 artículos, 2,5-3×2-3mm, reflexo, crispo-pubescente ou glabrescente, margem sutural inteira, inferior crenulada, estipe 3-5mm; sementes 2×1-1,5mm.
Para a espécie Aeschynomene brasiliana são reconhecidas três variedades (brasiliana, carichanica, venezolana), das quais apenas a variedade típica é citada para o Brasil, sendo esta a primeira referência para o estado de São Paulo. Além de São Paulo, sua distribuição estendese ainda para os estados do Amapá, Bahia, Ceará, Pará e Rio de Janeiro e países como Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Guiana Francesa, Nicaragua, Panamá, Peru, Suriname, Trinidade e Tobago e Venezuela. B3, B4, B6, C5, D5: cerrado, campo. Coletada com flores e frutos de março a julho.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.