Arbustos ou subartbustos perenes, até 1(–1,5) m alt.; ramos jovens esparsamente pubescentes a glabrescentes, com tricomas simples e/ou estrelados.
Folhas 3(–5)-partidas, lobo médio elíptico a largoelíptico, 5–8(–11) × 2,5–3(–4) cm, lobos laterais elípticos a oblongos, (2,5–)4–7(–9,5) × 1,5–2(–3) cm, membranáceas, base cordada a subcordada, face adaxial pubescente, indumento mais denso na base e ao longo das nervuras primárias, com tricomas simples e longos (> 1 mm compr.), especialmente próximo da base, face abaxial densamente pubescente, indumento mais denso na base e ao longo das nervuras, com tricomas simples e curtos, exceto sobre as nervuras, onde são simples e longos (> 1 mm compr.), nervuras actinódromas; pecíolos (1,5–)4–8,5(–10) cm compr.; estípulas subuladas, inteiras ou 3-lobadas.
Tirsos 15–35 cm compr.; címulas estaminadas com 4 ou 5 flores cada. Flores pistiladas com pedicelo ca. 1(–5, no fruto) mm compr.; lobos do cálice oblongos a estreito-obovados, 2–3,5(–8, no fruto) mm compr., pilosos na face externa, com tricomas simples e longos, ca. 1 mm compr.; ovário glabro.
Cápsulas 4,5–5,5 × 4,5–5,5 mm, glabras; sementes 3–3,5 × 2,5–2,8 mm, carúncula 0,3–0,5 × 0,8–1 mm.
Restrita à Região Nordeste, ocorrendo em Alagoas, Bahia, Paraíba e Pernambuco. E8, E9, E/F9, F/G8, G8, G8/9 e H8/9: Mata Atlântica, em bordas de florestas úmidas. Encontrada com flores e/ou frutos o ano todo.
Astraea digitata é mais semelhante morfologicamente a A. gracilis pelas folhas membranáceas, sempre 3–5-partidas. As duas espécies ocorrem em simpatria na região sul do estado e podem ser diferenciadas pelo indumento da face abaxial das folhas e da face externa dos lobos do cálice da flor pistilada: em A. digitata ambos são cobertos de tricomas simples e longos (ca. 1 mm compr.), enquanto em A. gracilis os tricomas simples são curtos (< 0.5 mm compr.).
Fonte: SILVA, O. L. M. da.; TORRES, D. S. C. & CORDEIRO, I. Flora da Bahia: Astraea (Euphorbiaceae). Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, n. 20, p. 01-09, 2020.