Arbustos eretos, ca. 1,8 m alt., monoicos; látex não observado; ramos não viscosos, verde acastanhados, glabros.
Folhas alternas, limbos membranáceos, 3–5-lobados, lobos semelhantes entre si, 6,5–12,7 × 2,3–6,2 cm, obovados a
oblanceolados, venação broquidódroma, nervuras amareladas a castanhas, ápice apiculado, margem inteira, eglandulosa, base 1,7–2,3 cm larg., junção dos lobos 16–23 mm compr., levemente sobrepostos, face adaxial e abaxial glabras, face abaxial verdeclara; pecíolos 9,4–13 cm compr., castanhos; estípulas não observadas, caducas.
Inflorescências panículas, terminais, eretas, 2,5–7 cm compr.; raque glabra; brácteas inteiras, paleáceas, 4–8,2 × 1,8–3 mm, elípticas a oblongas. Flores estaminadas azuladas com lobo amarelados, 1–1,5 cm compr.; pedicelos 1,8–2,1 mm compr.; sépalas 5, unidas ca. 2/3 compr. inferior; lacínias 3,5–4,7 × 3,8–7,4 mm triangulares a largo-triangulares, ou ovadas; disco nectarífero amarelo; botões obovoides. Flores pistiladas.
Frutos e sementes não observados.
Distribuição: Distribui-se na Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, Colombia e Trinidad Tobago (Rogers & Appan 1973). No Brasil, ocorre na região Nordeste (Mueller 1873) e Norte do Brasil, e em Minas Gerais (BFG 2015).
Comentários: Manihot carthagenensis difere das demais espécies do gênero que ocorrem na SGLA por apresentar limbo membranáceo e inflorescências em panículas com brácteas paleáceas. A espécie é utilizada no melhoramento da mandioca (Manihot esculenta Crantz) proporcionando às cultivares maior resistência a ambientes áridos (Rogers & Appan 1973). Na SGLA, foi coletada em fitofisionomia de caatinga.
Fonte: HURBATH, F.; TORRES, D. S. C. & ROQUE, N. Euphorbiaceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 67,n. 2, p. 489-531, 2016.