Subarbusto ereto, com 10-20 cm alt.; ramos hirsutos.
Pecíolo ausente ou com 1-4 mm compr., hirsuto; lâminas foliares hirsutas em ambas as faces, ovadas a suborbiculares, 10-25 × 8-15 mm, base arredondada a subcordada, margem lisa, ápice agudo ou obtuso, mucronado.
Flores solitárias. Pedúnculo ausente; pedicelo com 1-2 mm compr., hirsuto. Bractéolas lanceoladas, 1-3 mm compr.,
hirsutas. Sépalas lanceoladas ou ovado-lanceoladas, 5-10 × 1-2 mm, hirsutas, margem ciliada, ápice acuminado. Corola hipocrateriforme, azul ou azul e branca, 22-26 mm compr., áreas mesopétalas esparso-vilosas. Estames 4-5
mm compr., sem prolongamentos basais. Ovário ovoide; dois estiletes 8-9 mm compr., unidos na base por aprox. 0,5 mm; estigmas 3-4 mm compr.
Cápsula ovoide; sementes pretas, 3-5 mm compr., lisas.
Distribuição: Ocorre no Paraguai e no Brasil (Ooststroom, 1934), nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Simão-Bianchini & Ferreira, 2015), em campos do Cerrado.
Fenologia: Flores o ano todo e com frutos de outubro a dezembro. Comentários: Evolvulus barbatus pode ser reconhecida pelo hábito ereto, indumento hirsuto e flores solitárias, com corola hipocrateriforme. Ocorre na área de estudo com grande número de indivíduos, em local de campo associado com gramíneas. Muito semelhante à E. glomeratus (a qual ocorre em todos os estados brasileiros, exceto Amapá e Tocantins), e que pode ser ereta ou
prostrada, possui indumento viloso, seríceo ou tomentoso e as flores apresentam-se em espigas contraídas no ápice dos ramos, raro solitárias na axila das folhas terminais, com corola hipocrateriforme. Evolvulus barbatus é semelhante também à E. aurigenius Mart. e à E. riedelii Meisn., ocorrentes nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, porém, a primeira possui tricomas mais curtos e esparsos e folhas conduplicadas e a segunda apresenta indumento densoseríceo a tomentoso (Ferreira et al., 2014). Evolvulus barbatus é considerada Criticamente em Perigo segundo a Lista de Espécies Ameaçadas da Flora de Minas Gerais (Fundação Biodiversitas, 2007).
Fonte: MOREIRA, A. L. da C.; GONZAGA, D. R. & NETO, L. M. Convolvulaceae em um fragmento da Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão, n. 38, p. 95-112, 2016.