Combretaceae – Terminalia januarensis

Árvore a arbusto, 3−28 m alt., glabra.

Folhas 3,1−16,8 × 1,5−5,4 cm, coriáceas; lâmina elíptica a obovada-elíptica, ápice agudo a acuminado, base cuneada, subglabra, estrigosa ou serícea; nervação eucamptódroma-broquidódroma, 5−13 pares de nervuras secundárias; pecíolo 0,5−2,6 cm compr.; glândulas 2, no ápice do pecíolo; domácias ausentes.

Inflorescência, bractéola, botões florais e flores não observadas.

Fruto 1,3−3,8 × 3,2−9,8 cm, 2-alado; alas 1,2−3,6 × 1,4−4,8 cm, oblongas, rígidas, mais largas que o corpo do fruto; região central 1−3,7 × 0,5−1,1 cm.

Terminalia januarensis pode ser reconhecida e diferenciada de T. mameluco, espécie mais próxima, por possuir folhas maiores (3,1−16,8 × 1,5−5,4 cm) e coriáceas (vs. cartáceas a subcoriáceas), nervação eucamptódroma-broquidódroma com 5−13 pares de nervuras secundárias (vs. nervação broquidódroma com 4−6 pares de nervuras secundárias), fruto com alas oblongas e rígidas (vs. alas oblongo-elípticas e membranáceas). A similaridade entre as duas espécies também foi reportada por Stace (2010). Terminalia januarensis é endêmica do Brasil, restrita as regiões Nordeste e Sudeste do país (Stace 2010; BFG 2015). No estado do Espírito Santo foi encontrada em Floresta Ombrófila Densa. Registrada na Reserva Natural Vale e Área de Proteção Ambiental da Pedra do Elefante. A espécie
é considerada rara ou vulnerável, representada por árvores de grande porte, encontrada em mata úmida (floresta ombrófila densa) (Marquete 2003; Stace 2010). Coletada com frutos de setembro a março. Popularmente denominada “capitão do campo”.

Fonte: RIBEIRO, R. de T. M.; LOIOLA, M. I. B. & SALES, M. F. de. Flora do Espírito Santo: Subtribo Terminaliinae (Combretaceae). Rev. Rodriguésia, n. 68, p. 1547-1557, 2017.

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