Combretaceae – Buchenavia kleinii

Árvores 15−20 m de alt., glabra.

Folhas 5−6,2 × 2,7−2,8 cm, subcoriáceas, subglabras a tomentosas, em especial na nervura principal; lâmina obovada, ápice arredondado a retuso, base atenuada; nervação broquidódroma, 4−8 pares de nervuras secundárias; pecíolo 0,7−1 cm compr.; domácias e glândulas ausentes.

Inflorescência 1,5−2,5 cm compr., espigas, axilares, subcapitadas; pedúnculo ca. 2 cm compr., raque ca. 0,9 cm compr. Brácteola 1,5−2,5 × 1−1,5 cm, ovada, glabra a velutino-rufescente; botão floral não observado. Flores 4,2−4,5 mm compr.; hipanto inferior 1,5−3 mm compr., rufo-viloso; hipanto superior ca. 1,5 mm compr., glabro; lobos do cálice inconspícuos; estames com filetes do verticilo externo 0,8−1 mm compr., filetes do verticilo interno 1,2−1,3 mm compr.; anteras 0,4−0,5 × 0,4−0,5 mm, orbiculares; disco nectarífero aneliforme. Ovário ca. 0,7 mm compr.; estilete 1,8−2 mm compr.; estigma truncado.

Fruto 2,8−3 × 1,5−2,1 mm, elíptico ou subobovado, ápice arredondado, base aguda.

Buchenavia kleinii é morfologicamente muito relacionada à B. tetraphylla, o que dificultou a delimitação dos dois táxons. No material analisado, a distinção de B. kleinii foi possível devido suas folhas subcoriáceas (vs. coriáceas),
bracteóla ovada (vs. cimbiforme) e fruto elíptico ou subobovado (vs. oval-elíptico). Segundo Stace (2010), um considerável número de espécimes com flores e frutos, em especial do estado do Espírito Santo, deve ser analisado para melhor delimitação destas espécies. Com este estudo, tornou-se ainda mais evidente a necessidade de um
maior esforço de coleta com o intuito de contribuir na definição dos táxons de Buchenavia do Sudeste do Brasil. Buchenavia kleinii é uma espécie restrita ao território brasileiro, apresentando distribuição relativamente ampla nos estados do Sudeste e Sul habitando diversas formações florestais na Mata Atlântica (CNCFlora 2017). No Espírito Santo foi registrada apenas na Reserva Florestal da Vale em Floresta Ombrófila Densa. Segundo IUCN (2010), a espécie foi considerada “menos preocupante/quase ameaçada” (LC/NT). Registrada com flores em julho. Popularmente conhecida como “pequi gigante”.

Fonte: LOIOLA, M. I. B.; ROCHA, E. A.; BARACHO, G. S. & AGRA, M. F. Flora da Paraíba, Brasil: Combretaceae. Rev. Acta bot. bras, n. 23, p. 330-342, 2009.

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