Árvores 3-20m, finamente pubescentes nas partes jovens, látex branco, escasso, plantas com flores masculinas ou
bissexuadas, raramente com ambas. Pecíolo 11-18mm, adaxialmente canaliculado; lâmina coriácea, castanho-clara
in sicco, concolor, brilhante, obovada, oblongo-elíptica ou amplamente elíptica, 7,5-15(-20)×3,5-5,5(-7,5)cm, ápice
obtuso a retuso, base cuneada; nervura central adaxialmenta imersa, nervuras secundárias salientes em ambas as
faces, terciárias invisíveis a olho nu.
Inflorescência 1(-2) por axila, 5-20-flora, ráquis glabrescente; brácteas precocemente caducas; pedicelo 5-10mm. Flores aromáticas, ca. 10mm diâm.; sépalas 2-4, finamente pubescentes, creme, caducas; pétalas 1-5, creme a brancas, caducas; estames 10-20, amarelos, caducos, anteras 1-1,5mm, rimosas; ovário estriado; estilete branco, ca. 2mm, geniculado, estigma umbraculiforme, ca. 1,5mm diâm., margem irregularmente lobada.
Fruto verde, subgloboso, ca. 2cm diâm., ápice apiculado ou arredondado.
A espécie ocorre na América do Sul tropical até subtropical. C5, C6, D5, D6, E7, E8, E9, F6, G6: preferencialmente em mata de galeria e outros locais mais ou menos úmidos, restinga, mata ciliar, raramente mangue. Coletada com flores de setembro até abril, com frutos de fevereiro a setembro.
A espécie é variável, e o nome foi usado por diferentes autores em uma delimitação mais ou menos ampla. É questionável se as plantas da Amazônia, Guianas e da América Central pertencem à mesma espécie das encontradas ao sul da Amazônia (o tipo é do Espírito Santo). A expressão do sexo das flores é às vezes instável (E. Fischer & F. Santos, com. pess.).
Fonte: BITTRICH, V. Clusiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 45-62, 2003.