Chrysobalanaceae – Hirtella glandulosa

Árvores ou arbustos, 1,5–12 m alt; ramos jovens densamente tomentosos, não lenticelados.

Folhas com lâmina elíptica a oblonga, base cuneada a arredondada, ápice atenuado a acuminado, (6,5–)8,5–15 × (2,8–)4,5–8,2 cm, cartácea a coriácea, margem plana a revoluta, 9–13 pares de nervuras secundárias; face abaxial
velutina, nervuras velutinas, glândulas discoides esparsas, nervuras principal e secundárias salientes, terciárias e quaternárias levemente salientes; face adaxial glabrescente, nervuras velutinas, glândulas discoides na base, nervura principal saliente, secundárias a quaternárias impressas; pecíolo 3–5 mm compr.; estípulas estreitamente triangulares, 4,5–8,5 mm compr., eglandulares.

Inflorescências paniculadas, 6–25 cm compr., esparsamente tomentosas a tomentosas; brácteas triangulares, 3–7
mm compr., persistentes, glândulas estipitadas na base e sésseis na margem; pedicelos 1–5 mm compr.,
eglandulares; bractéolas oblatas a transversalmente elípticas, 1–2,5 mm compr., persistentes, glândulas estipitadas em toda a superfície. Flores 6–7 mm compr; receptáculo cilíndrico; sépalas 3–3,5 mm compr., reflexas, ocasionalmente glândulas na margem; pétalas 4,5–5 mm compr., brancas; estames 5, 11–13 mm compr., filetes lilás; estilete 12–14 mm compr., hirsuto até a 1/2 basal.

Drupas elipsoides, 12–13 × 7–7,5 mm, epicarpo glabrescente.

Hirtella glandulosa ocorre na Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e, no Brasil, em todos os estados da Região Centro-Oeste, e também nos estados de Minas Gerais, Amapá, Amazonas, Pará, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí (Prance & Sothers 2003b; Sothers et al. 2016), Paraíba e Pernambuco (Prance 1972). C6, C7, D2, D5, D6, E2, E5, E6, E7, F3, F5, F6, H8, H9, I8, J8: floresta ciliar em cerrado e campo rupestre, floresta estacional semidecidual e restinga. Coletada com flores e frutos o ano todo, mais comumente de outubro a dezembro.

Hirtella glandulosa pode ser caracterizada por apresentar os ramos jovens densamente tomentosos, folhas velutinas na face abaxial e com glândulas discoides facilmente visíveis na base da lâmina na face adaxial e inflorescências paniculadas com brácteas e bractéolas com muitas glândulas estipitadas. Na época de floração, as glândulas nas brácteas e bractéolas liberam uma secreção, conferindo viscosidade peculiar às inflorescências.

Fonte: ASPRINO, R. & AMORIM, A. M. Flora da Bahia: Hirtella (Chrysobalanaceae). Rev. Sitientibus, s. Ciências Biológicas, n.16, p. 01-20, 2016.

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